Faltam exatos 1.000 dias para o início dos Jogos Olímpicos Los Angeles 2028 e o Comitê Olímpico do Brasil (COB) segue em intensos preparativos para a Missão, na esperança de consolidar um ciclo olímpico que começa promissor. O ano de 2025, em especial, tem sido marcado por relevantes resultados de atletas brasileiros em diferentes modalidades. Como exemplo disso estão as medalhas ou finais (até 8º lugar) em Mundiais em 2025 de atletas das águas abertas, atletismo, boxe, canoagem slalom, canoagem velocidade, ginástica rítmica, handebol, judô, natação, surfe, tênis de mesa, tiro com arco, vela e vôlei.
“Tem sido um bom começo de ciclo. Pudemos notar uma diversidade interessante de modalidades conquistando bons resultados, como tem sido o desempenho do Brasil nos últimos anos. Em anos pós olímpicos, que são o primeiro ano de ciclo, é sempre mais difícil de mensurar onde estamos em comparação ao resto do mundo, porque geralmente os grandes nomes estão ausentes ou retornando mais tardiamente às competições – inclusive os nossos”, analisa Jorge Bichara, Consultor de Esportes do COB.
Para Bichara, ainda que os grandes atletas estejam retornando aos poucos depois de Paris 2024, o trabalho que vem sendo realizado é consistente. “O Brasil segue forte na preparação. Entendemos que é importante aumentar o número de atletas com chance de pódio e especialmente identificar jovens com potencial para medalhas”, acredita.
E para tal, é importante o trabalho em conjunto que tem sido construído nos últimos ciclos. “As confederações têm aperfeiçoado seus planejamentos para ter bons desempenhos em Jogos Olímpicos, é visível a evolução neste quesito. Da mesma forma, os atletas estão cada vez mais conscientes de como devem se preparar principalmente fora das piscinas, pistas e quadras. Eles entendem que são atletas de alto rendimento 24 horas por dia”, elogia.
“E precisamos nos dedicar também aos treinadores, que são imprescindíveis neste processo. É importante que eles tenham acesso ao que há de mais atualizado em conhecimento e serem valorizados, em todos os sentidos, por toda a comunidade esportiva”, defende Bichara.
Na preparação para Los Angeles 2028, a Missão Brasileira também já deu passos significativos, com reuniões estratégicas e viagens de reconhecimento à cidade-sede. O COB tem atuado de forma proativa para garantir o melhor ambiente e estrutura para os atletas, realizando sua primeira reunião de trabalho logo no início de 2025 para traçar o planejamento.
A delegação brasileira também participou de um evento de reconhecimento em setembro, o II Open Day em Los Angeles, e manteve discussões sobre aspectos logísticos e as novas modalidades inclusas no programa olímpico. Tais iniciativas demonstram o compromisso da entidade em antecipar as necessidades da equipe e consolidar um projeto sólido rumo à próxima edição dos Jogos.
Mas o mapeamento de instalações que podem servir como soluções de serviços ao redor do perímetro de segurança da Vila Olímpica teve início ainda em 2022 e no ano seguinte foi realizada a primeira visita para entender as possibilidades, distâncias e características dos locais.
Já ao longo de 2024, conforme o comitê organizador avançava no planejamento dos serviços e na divisão das modalidades, profissionais da Gerência de Jogos e Operações Internacionais do COB iniciaram uma abordagem que permitiu a coleta de informações adicionais – e que serviram para redirecionar as soluções. Um exemplo de ajuste ocorreu durante o Open Day em maio de 2025, quando foi informado que o voleibol não seria realizado na UCLA, mas em uma base próxima a Anaheim. Com essa nova informação, o COB ampliou o escopo de busca de espaços incluindo áreas próximas à nova região.
“Estamos avançando nas negociações e no processo de contratação de algumas frentes estratégicas ainda neste ano, com o objetivo de garantir as instalações para o Time Brasil, dividir os investimentos ao longo dos anos e criar oportunidades para realizar testes operacionais-chave em 2027. Sabemos que o sucesso das operações e serviços para a delegação nos Jogos depende do planejamento antecipado e do “treino na quadra, nos campos e arenas” por meio de ações de teste destas operações, permitindo a curva de aprendizado, adaptações e ajustes necessários antes do evento”, explica Joyce Ardies, Gerente de Jogos Internacionais do COB.
Fonte: COB