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ATA DA REUNIÃO TÉCNICA DA DIRETORIA DE RIFLE INTERNACIONAL

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Seguindo o modelo adotado em 2016, foi realizada as 19h do dia 25 de novembro de 2017 a II Reunião Técnica da Diretoria de Rifle Internacional, com a participação dos membros desta Diretoria e de atletas do Tiro de Rifle. Nessa ocasião foram discutidos e decididos diversos assuntos e temas ligados as disciplinas de Tiro de Rifle Internacional, com a participação ativa dos atletas, inclusive na tomada de decisões através de votação aberta.

Abaixo, o resumo dos temas abordados na Reunião e as deliberações tomadas:

1 – F-Class: Contagem do X na pontuação e no Recorde e Desempate (score perfeito)
Foi salientado que a contagem do “X” só é relevante na Carabina NRA F-Class para duas coisas: desempate na prova e contagem de recorde. Portanto, foi pedido pelos atletas, e acatado pela DIR, uma alteração no sistema da CBTE para que ele mostre a quantidade de X na pontuação das Etapas do Campeonato Brasileiro, porém somente para fins de classificação naquela etapa específica, sem que ocorra o somatório do número de X entre as etapas. Dessa forma os atletas terão registrados o número de X, para visualização do desempenho e para validação de recorde, mas sem que o número de Xs aumente a pontuação.

2 – Benchrest: Novas provas na WRABF e futuro do USBR.
Como resultado direto das deliberações ocorridas na Reunião Técnica da DIR-CBTE realizada em 2016 na cidade de Brasília, o assessor técnico Flavio Vieira, iniciou pesquisas, discussões, testes e contatos com entidades internacionais de Benchrest com o intuito de aperfeiçoar o Benchrest no Brasil, especialmente no tocante a apuração de alvos e disciplinas que proporcionassem um maior desafio técnico, participação de atletas estrangeiras em provas no exterior e inclusão do maior número possível de atletas do tiro no Benchrest, sempre respeitando as normas internacionais.

A disciplina de Benchrest da USBR no âmbito mundial, encontra-se em um grande dilema: ela está em franco declínio no número de participantes e, principalmente, de competições, em virtude de outras disciplinas de Benchrest possuírem regras mais completas e permitir melhor competição entre os atletas. De fato, várias questões levantadas na Reunião Técnica de 2016 apontaram problemas e questões nas regras internacionais de USBR e que geraram problemas durante o ano no Campeonato Brasileiro, por falta de previsão expressa nas regras de USBR.

Outro ponto importante é que o formato dimensional do alvo de USBR não permite a apuração eletrônica com os meios disponíveis (hardware e software) e utilizados com sucesso no mundo todo pelos praticantes e organizações de Benchrest da WRABF.

Portanto, diante do exposto, deliberou-se e ficou decidido os seguintes pontos:

A- No tocante a apuração de alvos, com o foco em aperfeiçoar e permitir uma apuração de alvos mais célere, fiável e padronizada, optou-se por ampliar para todas as demais provas de Benchrest, a apuração eletrônica dos alvos, forma já utilizada em campeonatos anteriores nas provas de WRABF LV e HV. O sucesso proporcionado pela apuração de alvos eletrônica realizada nas finais dos Campeonatos Brasileiros de 2016 e 2017, foi determinante para o amadurecimento das mudanças nas disciplinas de Benchrest aqui propostas, principalmente no que tange ao USBR.

B- O calibre padrão de apuração será o .224 para todas as provas, independentemente do calibre utilizado, no rimfire (fogo anular) e no ar comprimido. Mesmo que o alvo tenha sido disparado com projétil 4,5 mm, o calibrador utilizado será o .224”. O padrão de apuração no calibre .224 também será o utilizado na apuração eletrônica.

Deve-se levar em conta que o custo do equipamento necessário para apuração eletrônica dos alvos (hardware) é baixo, bastando um notebook/microcomputador e um scanner A3 com resolução mínima de 300 DPI. O software de apuração será fornecido gratuitamente pela DIR-CBTE aos clubes. Os benefícios gerados pela apuração eletrônica são enormes, como por exemplo, a padronização na apuração, impessoalidade, rapidez, praticidade e arquivamento digital de todos os alvos, permitindo futuras conferências e/ou acompanhamento dos atletas de sua performance. É bom lembrar que os alvos que permitirão apuração eletrônica permitem, por óbvio, que seja feita a apuração manual como já vinha sendo feita, não restringindo ou obrigando todos os locais de prova a operarem somente de forma eletrônica. O ganho de maior expressão será nos grandes campeonatos, nas finais, que possuem uma demanda muito maior de apuração.

O outro assunto deliberado se trata diretamente da disciplina de USBR.

O USBR foi trazido ao Brasil visando promover uma competição em que as regras permitiam o uso de equipamentos divididos em classes, dos mais simples aos mais sofisticados, tornando a competição justa e possível no Brasil, com nosso mercado incipiente de equipamentos de tiro esportivo. Porém, ao passo que no Brasil o USBR cresceu e se desenvolveu, no país de origem e no resto do mundo o USBR vem sofrendo contínuo declínio ao ponto de não existirem competições importantes e as regras não mais serem atualizadas há quase uma década, o que tem gerado inúmeros questionamentos de situações em prova que não são previstas na regra original internacional.

Diante deste fato, foram iniciadas pesquisas junto a WRABF (World Rimfire and Air Benchrest Federation) sobre o assunto e após algumas deliberações, a WRABF autorizou a CBTE a “absorver” as provas de USBR como uma categoria internacional de Benchrest WRABF, utilizando os alvos oficiais WRABF e suas regras, seguindo os moldes das provas de USBR.

Sendo assim, decidiu-se que as provas de fogo circular praticadas nas regras da USBR, que são Sporter, Custom e Unlimited, passarão a se chamar Carabina WRABF Fogo Circular Sporter, Carabina WRABF Fogo Circular Custom e Carabina WRABF Fogo Circular Unlimited, utilizando-se os alvos da WRABF Rimfire 50 metros e sendo balizadas pelas regras gerais da WRABF. Para manter a quantidade de munição utilizada por prova, apenas um cartão (alvo) será computado, assim como era feito no USBR. No Ar Comprimido as provas oficiais de WRABF nos moldes internacionais continuam, que são WRABF Ar Comprimido Light Varmint e Heavy Varmint e nos mesmos moldes descritos acima teremos Carabina WRABF Ar Comprimido Springer e Carabina Ar Comprimido WRABF Unlimited, sendo as duas com apenas 1 cartão (alvo) cada, todas utilizando os alvos de 25 metros para ar comprimido.

As regras no tocante aos equipamentos para essas novas provas de WRABF (advindas da USBR) não foram modificadas para permitir que os mesmos equipamentos que competiram em 2017 permaneçam em suas categorias, sem modificações neste aspecto.

Há algumas pequenas diferenças quanto ao tamanho dos alvos entre a USBR e a WRABF:

Alvo WRABF Fogo Circular:
– O alvo de Fogo Circular padrão da WRABF possui o anel do “10” maior do que o do USBR.
– O “X” para contar, basta que o furo encoste nele, não precisando mais ser obliterado integramente como no USBR.

Alvo WRABF Ar Comprimido:
– Por outro lado, o alvo de Ar Comprimido padrão da WRABF possui o anel do “10” menor do que o do USBR.
– O “X” para contar, tem que ser totalmente obliterado para ser contado. Há que se ficar atento para não confundir os alvos.

Outras tópicos quanto as distâncias, tempo, peso de armas etc permanecem os mesmos.

As regras das disciplinas Carabina WRABF (ex USBR) serão publicadas em breve no site da CBTE. Os alvos já estão sendo providenciados no fabricante LCL Alvos.

Em resumo, no Benchrest a partir de 2018 teremos no Campeonato Brasileiro as seguintes provas:

Carabina WRABF Ar Comprimido – Springer
Carabina WRABF Ar Comprimido – Unlimited
Carabina WRABF Ar Comprimido – Light Varmint
Carabina WRABF Ar Comprimido – Heavy Varmint
Carabina WRABF Fogo Circular – Sporter (antiga USBR Rimfire – Sporter)
Carabina WRABF Fogo Circular – Custom (antiga USBR Rimfire – Custom)
Carabina WRABF Fogo Circular – Unlimited (antiga USBR Rimfire – Unlimited)

3 – F-Class: Sistema de Rodízio para a Final do Camp. Brasileiro (trincheira, scorer e atirador)
Foi explicado aos atletas que o cenário ideal para as provas de Carabina NRA F-Class é que o maior número possível de atletas possa atirar ao mesmo tempo, o que demandaria cerca de 25 a 30 postos de tiro na final do Campeonato Brasileiro, por exemplo. Ocorre que o custo de pagamento de 25 auxiliares de trincheira para 25 postos de tiro acaba tornando inviável, do ponto de vista financeiro da CBTE, a realização da prova nesses moldes. Por outro lado, observado o crescimento no número de participantes da disciplina e baseado no regulamento internacional e nacional, é provável que na Final do Campeonato Brasileiro de 2018, seja aplicado o sistema de rodízio entre os atletas nas funções de Atirador, Scorer (Pontuador) e Trincheira (Apontador), conforme item 5.5.7 da Regra Oficial de Carabina NRA F-Class.

Desse modo, todos os atiradores participantes deverão estar preparados para nas provas presenciais de Carabina F-Class da CBTE para se revezar nas funções de Atirador, Scorer (Pontuador) e Trincheira (apontador, puxando e marcando os alvos na trincheira).

4 – Todas as disciplinas: Gabaritos de apuração de alvos (scoring gages)
Diante da insistente cobrança dos atletas, a DIR decidiu fazer os scoring gages para apuração dos alvos, definindo um padrão que será obrigatório para todos os clubes que desejarem promover as provas de Rifle Internacional. Essa medida evitará as constantes queixas e inconsistências nas medições das pontuações dos alvos apurados nas etapas do Campeonato Brasileiro e atenderá um antigo pleito dos atletas. É esperado que nos próximos 60 dias os scoring gages estejam disponíveis para aquisição pelos clubes, entidades e atletas.

5 – CMP Rimfire Sporter: Equipamento de medição de peso de gatilho (Trigger Pull Weight) para CMP Rimfire Sporter
Alguns atletas levantaram a questão de que a limitação de peso do gatilho prevista nas regras da Carabina CMP Rimfire Sporter, de 1,5 libras (ou 1,36kgs) não estaria sendo observada pelos atletas, notadamente pela falta de equipamento de medição disponível aos clubes e atletas. Diante disso, sugeriram que se deveria abolir essa parte da regra internacional, ou ao menos determinar que a mesma somente fosse aplicada a partir de 2019, dando tempo para os atletas se adaptarem. Outros atletas presentes se manifestaram contrariamente a essas medidas e salientaram que esse é um aspecto importante da regra internacional e que deveria ser mantido. Procedeu-se então a uma votação aberta, onde por maioria, ficou decidido que a regra internacional deveria ser mantida, ou seja, a restrição do peso do gatilho dever permanecer.

A DIR se comprometeu a produzir um sistema simples e acessível de aferição do peso do gatilho, a exemplo do que existe na NRA-US, e torná-lo disponível aos clubes, entidades e atletas, ao mesmo tempo em que irá comunicar a todos os delegados locais que devem observar o cumprimento das regras.

6 – F-Class: Valor da inscrição da Prova de F-Class
A CBTE informou que o valor das provas de Carabina NRA F-Class, de R$30,00 no total (sendo R$15,00 para a CBTE e R$15,00 para o clube) é deficitário para o clube e que isso estaria gerando insatisfação e desestímulo aos clubes para realizarem essa prova. Foi cogitado o aumento do valor para R$50,00 por prova, o que deve ocorrer de qualquer forma uma vez que a CBTE recentemente aprovou que os Clubes cobrassem uma taxa de arbitragem de até R$20,00. Portanto, foi informado que o valor da inscrição para a prova de F-Class pode ser majorado para R$50,00 no total, por decisão do Clube que promoverá a prova, nas provas On Line e nas presenciais.

7 – Benchrest e F-Class: Campeonato Sul-americano de F-Class / Benchrest
É intenção da DIR realizar e/ou promover Campeonatos Sul-americanos nas disciplinas de Tiro de Rifle Internacional. O I Campeonato Sul-americano de F-Class Mid Range foi realizado esse ano em Tupanciretã, no Rio Grande do Sul nos dias 29/09 a 01/10 com grande sucesso e em 2018 deverá ser realizado a 2ª edição em data ainda a confirmar. Os atletas presentes foram conclamados a cobrarem em seus estados a construção de estandes de 500 e 600 jardas para podermos promover mais provas e também um Campeonato Brasileiro de F-Class Mid Range, como forma de nos aproximarmos no desempenho técnico dos atletas do resto do mundo, notadamente da Europa e Estados Unidos, que atiram até 1.000 metros de distância.

No tocante ao Benchrest, foi mencionado que o maior problema é a falta de número e padronização das mesas, o que na prática impede uma competição justa com um número maior de participantes. Ficou decidido que o a DIR iria fazer um projeto de mesa (Benchrest) e indicar um único fornecedor para que as mesmas tivessem padronização quanto ao modelo e qualidade, permitindo aos clubes e atletas adquirirem mesas de qualidade e em quantidade suficiente para uma competição grande.

Outro ponto levantado é que há uma certa dificuldade de se contatar e reunir atletas do tiro esportivo de outros países, especialmente para virem competir no Brasil e isso dificulta os planos de um Campeonato Sul-americano. Entretanto, alguns atletas mencionaram que com as redes sociais e aplicativos de celular, já é possível esse contato de forma fácil e ágil. Foi mencionado que a DIR, clubes, entidades e os atletas devem procurar contatar os atletas de outros países para promovermos essa integração.

8- Benchrest e F-Class: Seleção Brasileira Permanente de F-Class / Benchrest
Sempre foi, e continua sendo, a intenção e objetivo da DIR-CBTE a formação de uma Seleção Brasileira permanente de Carabina F-Class e Benchrest. Entretanto, há grandes dificuldades nesse sentido, em especial para participação de competições no exterior, devido a burocracia, alto custo, grande tempo de viagem e número suficiente de atletas com disponibilidade dos itens anteriores. A CBTE informa que não possui verba para manter uma equipe brasileira permanente, como ocorre com a equipe olímpica, pois esta recebe verba pública, que é vinculada e não pode ser revertida a outras disciplinas de tiro esportivo. Portanto, em que pese a CBTE ter promovido a participação de atletas de Tiro de Rifle Internacional em competições mundiais, inclusive com pagamento de inscrições e uniforme, o custeio total de uma equipe permanente se mostra inviável no momento, com verbas próprias, restando somente as opções de patrocínio privado ou custeio individual pelos próprios atletas.

A DIR-CBTE afirma que está aberta a qualquer ideia, proposta, auxílio e sugestão por parte dos atletas, clubes, empresas etc, de forma a poder viabilizar a formação de Seleção/Equipes permanentes de Tiro de Rifle Internacional.

9 – Temas sugeridos pelos Atletas:

A- Todas as disciplinas: Uso da tecnologia de redes sociais para acompanhamento das provas on line
A ideia foi recebida de forma positiva, embora foi salientado que seria preciso uma pessoa com experiência e tempo para se dedicar a alimentar as redes sociais com os eventos e novidades, sendo que a DIR não dispõe dessa pessoa, mas que aceita voluntários para ajudar a promover o esporte.

Foi levantada a questão também das provas serem filmadas e transmitidas ao vivo pela internet, como forma de divulgação e evitar fraudes. Novamente, a DIR vê com bons olhos essas iniciativas, porém acredita que tornar isso obrigatório traria grandes obstáculos na realização das provas, com aumento de custos. Por outro lado, entende que o Clube tem a liberdade de efetivar essa medida e promover outros a também fazê-la.

B- Benchrest: horários para realização de provas de Benchrest
Foi sugerido por um atleta, que o horário das provas de Benchrest fosse aumentado e/ou limitado no Campeonato Brasileiro, devido a ter informações de que há clubes e/ou atletas que esperam o momento mais adequado (ex: com pouco vento) para realizar a prova.

Foi explicado pela DIR que o horário das provas do Campeonato Brasileiro é definido pela CBTE para todo o Brasil e para todas as disciplinas e que, nas etapas on line, cabe ao Clube definir o horário, dentro do período de tempo permitido pelo regulamento.

C- Benchrest: alteração de distância nas provas de Benchrest Unlimited de Ar Comprimido
Foi sugerido por um atleta que se alterasse a distância nas provas citadas. Outros atletas presentes contestaram argumentando que a distância é definida pelas regras internacionais e que alterá-las, não traria qualquer benefício prático para o esporte, que se distanciaria da disciplina internacional, o que foram apoiados pela DIR nesse sentido de manter fiel as regras e distâncias constantes das regras internacionais da disciplina.

D- Todas as disciplinas: enquadramento de gênero (provas mistas) nas regras para fins de bolsa atleta
Foi explicado pela DIR que essa questão gerou problemas no tocante ao Bolsa Atleta, notadamente no caso de atleta do sexo feminino, por interpretação do Ministério dos Esportes. Foi explicado que como estamos vinculados aos Esportes Olímpicos, o gênero das provas, até 2017, era dividido no tiro esportivo olímpico em provas masculinas e femininas. Porém, tal questão deve ser resolvida para 2018, uma vez que foram inseridas nas provas olímpicas, provas de tiro esportivo mistas, para homens e mulheres, sem distinção de gênero, o que deve evitar problemas na interpretação do Ministério dos Esportes na concessão de bolsa atleta para atletas femininas nas disciplinas de Tiro de Rifle Internacional e Provas Nacionais em 2018.

E- NRA Sporting Rifle: Interpretação do item 10.1.7 da regra original do NRA Sporting Rifle
Foi levantado por um atleta que o item 10.1.7 da regra oficial internacional da NRA no tocante a Carabina NRA Sporting Rifle estipula que:

10.1.7 Rapid Fire Loading Procedure-At the command to load, com­petitors will load 4 rounds and close the bolt.
(tradução: Procedimento para carregar no Tiro Rápido: ao comando de carregar, os competidores irão carregar 4 cartuchos e fechar o ferrolho).

Alegou o atleta que essa parte da Regra proibiria então a utilização de rifles que não coubessem 4 cartuchos e/ou que qualquer rifle fosse alimentado tiro a tiro na série de Tiro Rápido.

Cabe salientar que em 2014, essa mesma questão foi levantada pelo mesmo atleta perante a CBTE. Na época, o Diretor da CBTE responsável pelas provas de Carabina NRA Sporting Rifle, Walter “Lobão” ao analisar as regras, entendeu e decidiu que a reclamação era improcedente, visto que no regulamento quanto ao equipamento, não existia qualquer vedação ao Rifle ser monótiro ou que o atirador alimentasse na série de tiro rápido, os cartuchos um por vez, já que ele próprio seria prejudicado pela demora, em comparação a já ter os cartuchos carregados na arma ao início da série de tiros, conforme extraído da regra original da NRA-US:

3.4 Sporting Rifle-A center fire rifle of any caliber, not equipped with palm rest or Schuetzen type buttplate, weighing not over 9.5 pounds including detachable magazine and sights but excluding sling.
(tradução: Rifle Esportivo – Um rifle de fogo central de qualquer calibre, não equipado com palm rest ou soleira do tipo Schuetzen, pesando igual ou menos do que 9,5 libras (4,31kgs), incluindo carregador destacável e miras, mas excluindo a bandoleira.)

De fato, a posição da Diretoria de Rifle Internacional da CBTE (DIR-CBTE) até o presente momento é seguir a decisão tomada pela Diretoria de Provas Especiais da CBTE em 2014 (então responsável pela disciplina de NRA Sporting Rifle) ao afirmar que não há nas regras internacionais, qualquer vedação ao rifle ser monotiro e que se o atirador quiser se prejudicar ao alimentar o rifle cartucho a cartucho, em vez dos quatro de uma vez, é sua decisão. Não havendo, portanto, qualquer violação da regra internacional e nacional da disciplina de Carabina NRA Sporting Rifle.

Entretanto, na presente Reunião foi requerida uma votação entre os participantes, tendo saído vencedora por maioria a opção de que o atirador deve sim carregar com 4 cartuchos o rifle, antes de iniciar a série, eliminando na prática, qualquer rifle que não possa acomodar 4 cartuchos ao mesmo tempo e/ou que o atirador possa alimentar seu rifle com menos do que 4 cartuchos, nas séries de tiro rápido.

A DIR-CBTE, entendendo que esta posição, decidida em votação, está em desacordo com as regras internacionais, e que será prejudicial aos atletas brasileiros, que terão uma limitação maior no quesito de equipamentos, irá fazer uma consulta formal ao órgão internacional responsável pelas regras internacionais, para dirimir qualquer dúvida a respeito desse pontos da regra, comunicando publicamente o resultado dessa consulta.

Entretanto até que tal questão seja definitivamente esclarecida e obedecendo a vontade da maioria votante e presente na Reunião Técnica, a DIR-CBTE adotará o entendimento prevalente nesta votação, de que o atleta deverá carregar com 4 cartuchos o rifle na série de tiro rápido.

F- Carabina F-Class e NRA Sporting Rifle: Alteração da denominação de Classe A e B para Master e Sharpshooter no F-Class:
Foi sugerido que fosse alterado a nomenclatura das Classes nas provas de Carabina F-Class e Carabina NRA Sporting Rifle, para refletir os termos utilizados internacionalmente nessas classificações, adotando os mesmos critérios de pontos. Nas regras internacionais, essas são as classificações:

Carabina F-Class:
Regra Internacional:
Rule 19.15:
Individual F-Class (N.CBTE: 300 pontos máx / 600 pontos máx)
High Master – 98.00 and above (de 300 / 600 até 294 / 588 pontos)
Master – 96.50 to 97.99 (de 294 / 588 até 289 / 578 pontos)
Expert – 94.00 to 96.49 (de 288 / 577 até 282 / 564 pontos)
Sharpshooter – 91.50 to 93.99 (de 281 / 563 até 273 / 546 pontos)
Marksman – Below 91.49 (de 272 / 563 pontos para baixo)

Classificação atual no Brasil:
Campeonato Brasileiro On Line CBTE:

Carabina F-Class FT/R – principal
Classe A – acima de 285 pontos
Classe B – até 285 pontos

Carabina F-Class OPEN – principal
Classe A – acima de 290 pontos
Classe B – até 290 pontos

Portanto, para espelhar a Regra Internacional para Carabina F-Class, sem diferenciação entre OPEN e F/TR, as classificações ficariam (por aproximação):

Carabina F-Class FT/R – (300m Camp. Brasileiro / Mid Range)
Classe Master – 289 / 578 pontos e acima
Classe Expert – até 288 / 577 pontos

Carabina F-Class OPEN – (300m Camp. Brasileiro / Mid Range)
Classe Master – 289 / 578 pontos e acima
Classe Expert – até 288 / 577 pontos

Regra Internacional para Carabina NRA Sporting Rifle:
NRA Sporting Rifle (Rule 19.15):

Regra Internacional:
Avg. Score/ max. 320 – 100% Percent of Possible

Master – 300 to 320 – 93.75%
Expert – 284 to 299 – 88.75%
Sharpshooter – 268 to 283 – 83.75%
Marksman – 268 Below – 83.75

Regra atual Brasil:
Campeonato Brasileiro On Line CBTE:

Carabina NRA – Mira Metálica – principal
Classe A – acima de 240 pontos
Classe B – até 240 pontos

Carabina NRA – Mira Ótica – principal
Classe A – acima de 260 pontos
Classe B – até 260 pontos

No caso da Carabina NRA Sporting Rifle, a classificação adotada no Brasil possui como divisor o escore de 240 pontos. Porém, o escore mínimo na regra internacional é de 268 pontos. Logo, para se efetivar e espelhar a regra internacional, a classificação no Brasil teria que ficar (por aproximação):

Carabina NRA – Mira Metálica – principal
Classe A – acima de 268 pontos
Classe B – até 268 pontos

Carabina NRA – Mira Ótica – principal
Classe A – acima de 268 pontos
Classe B – até 268 pontos

A DIR-CBTE irá verificar se é possível adotar essa classificação no Campeonato Brasileiro On Line da CBTE e, dependendo do resultado, levará a apreciação dos atletas na Reunião Técnica da DIR-CBTE de 2018 para votação.

G- Carabina F-Class: estudar e efetuar proposta de modalidade de Tiro de Fuzil a ser aplicada a nível nacional e internacional e que seja voltada para armas de caça e/ou originais de fábrica:
Alguns atletas sugeriram que fosse criada uma disciplina de tiro de rifle nos moldes de F-Class para armas de caça e/ou de fábrica. Debateu-se várias opiniões e ideias de como seria essa disciplina e se a mesma iria trazer algo novo e positivo para o esporte, visto que a Classe B de Carabina F-Class já encamparia essas armas. Também foi salientado que a filosofia da DIR-CBTE sempre foi a de não “inventar” disciplinas e/ou modalidades, mas sim adotar as que já existem internacionalmente.

Ficou decidido por unanimidade que esse assunto deveria ser melhor estudado, procurando disciplinas de tiro de rifle internacionais que contemplassem essas armas, analisando regras existentes e efetuando provas nos Clubes para ver a viabilidade e público, para então apresentar os resultados para a DIR-CBTE em oportunidade futura.

H- F-Class: Provas de F-Class Mid-Range:
É a firme intenção da DIR-CBTE em promover provas de Carabina F-Class Mid Range e Long Range, ou seja, em distâncias acima de 500, 600 e 1.000 metros/jardas, visto que as provas internacionais são majoritariamente realizadas nestas distâncias. Ao mesmo tempo, quanto maior a distância do alvo, menor a importância do equipamento e maior a importância da habilidade do atirador, especialmente na leitura do vento, o que propicia melhor competição entre os atletas, especialmente os que não dispõe de equipamentos de alto nível.

Nesse sentido, a DIR-CBTE conclama os Clubes e atletas a estabelecer e fomentar estandes de tiro nessas distâncias maiores, visando não só uma melhor preparação dos atletas que competem internacionalmente, mas principalmente para realizarmos um Campeonato Brasileiro de F-Class Mid Range (ou mesmo Long Range!) regular e com várias provas durante o ano e realizarmos um Campeonato Sul-americano com atletas de vários países competindo.

Nada mais havendo a tratar e tendo a pauta sido esgotada, a DIR-CBTE finalizou a II Reunião Técnica e agradeceu a presença de todos os atletas presentes salientando que é muito positivo a participação ativa dos atletas para promover e melhorar o esporte do Tiro Esportivo no Brasil.

Atletas Participantes:
Alwin David Bok
Antonio Augusto de Almeida Maioli
Antonio Soares Portugal Junior
Aristides Brugine Gomes
Cassiano Pyles Machado
Claudio Cyrino
Cristiano Azambuja Gomes
Edgard da Silva Neto
Felix Quintana
Gilles Renner
João Rodrigues da Silveira Junior
José Eduardo de Aguiar
Leandro Rentes
Lucas Bortolotto
Luis Renato de C.L Campos
Luiz de Gonzaga Santos Netto
Luiz Eduardo da Silva Ronconi
Marcelo Murias de Carvalho
Marcos Basso
Paulo Otávio Alves Ashidani
Pedro Junior Ashidani
Rafael Maturano Coró
Ricardo Luís Fraga Pereira
Ricardo Rabelo
Rodrigo Rabelo
Rogério Mariano Moraes
Ronaldo Freund

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